Cyprinodontiformes vivíparos e ovovivíparos

Livebearer Cyprinodontiformes

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O aquário mais indicado

A escolha de um local onde vão ser criadas as condições para permitirem a manutenção dos peixes, deve passar em primeiro lugar por uma preparação correcta, isto é, por um planeamento.

Esta regra basilar, que voltará a ser destacada na página sobre a correcta localização do aquário, pode efectivamente condicionar o tipo de recipiente, o seu tamanho e a sua forma.

Entenda-se no contexto deste sítio o termo aquário como um reservatório de água preparado para se manterem ou se reproduzirem seres vivos aquáticos.

Habitualmente pretende-se construir uma miniatura representativa do impressionante mundo subaquático pois, quando uma tal proeza é bem concebida, este objectivo torna-se inclusivamente o centro das atenções em qualquer sala de estar.

Em teoria, pelo menos um dos lados de um aquário deve ser constituído por uma peça de vidro a fim de permitir visualizar o seu conteúdo abaixo da superfície da água de uma forma confortável e directa, contudo esta regra não é de forma alguma indispensável ou compulsiva e nalguns casos é mesmo um “ luxo ” a que muitas pessoas que vivem em determinadas regiões ou países caso queiram manter peixes em casa ainda hoje não podem ter.
Eu próprio dei os meus primeiros passos na aquariofilia com os mais insólitos recipientes, um dos quais uma banheira desactivada semi-enterrada no fundo do quintal.

Quando se planeia montar um aquário é mais importante ter em primeiro lugar atenção às condições mínimas e o bem-estar dos seres vivos que aí vão habitar mas, logo a seguir, deve ser dada a maior atenção ao próprio local da instalação.

Só depois deve influir o aspecto decorativo e os conceitos de ordem estética.

Há que ter também em consideração que quanto maior for o recipiente mais fácil se torna a sua manutenção, ( pelo menos até se atingirem certas dimensões críticas ).

Em teoria isto acontece porque ficam mais espaçadas as necessárias montagens e remontagens periódicas necessárias à sua manutenção e mais facilmente a comunidade de seres vivos aí existente atinge um ponto de equilíbrio biológico. Geralmente pequenos erros de manutenção num maior volume de água não se transformam numa catástrofe, ( como quando a morte de um peixe nos passa despercebida num pequeno aquário ).

Por outro lado, quanto maior for o ambiente para a manutenção dos peixes, mais vasta se torna a possibilidade de escolha das espécies, pois não há limitações de espaço em relação aos maiores membros das diferentes famílias dos peixes abordados por este sítio.

Uma capacidade razoável em litros permite ainda a manutenção de uma população inteira geneticamente viável por muito tempo, composta inclusivamente por indivíduos pertencentes a várias gerações.

Ainda assim, um aquário menor é mais didáctico pois os mais insignificantes erros de manutenção ensinam-nos logo preciosas e inesquecíveis lições.

Uma menor capacidade de litros é também financeiramente mais acessível e pode ser mais facilmente controlado em caso de actuações de emergência, já que no caso de uma desmontagem repentina é mais fácil fazê-lo num aquário menor e mais leve.

Não há uma fórmula universalmente aceite, contudo a maioria dos aficionados, mais tarde ou mais cedo, chegará facilmente à conclusão que um recipiente com menos de 50 litros de capacidade é difícil de se manter praticável a não ser por curtos períodos de tempo ou com técnicas apuradas ao longo de uma extensa prática.

Há de facto algumas possibilidades de uso para os aquários menores, particularmente através da utilização de nano espécies em comunidades aquáticas muito bem planeadas e estudadas, concebidas especialmente para essa realização. Este desfecho não é de todo aconselhado aos principiantes e os pequenos recipientes têm o seu lugar ao serviço como maternidades, locais de quarentena ou para tratamento de doenças.

Aconselham-se vivamente capacidades entre 80 e 350 litros para os aquários domésticos decorativos, pois acima desse limite a própria manipulação do recipiente começa a tornar-se problemática senão mesmo impossível.

Evidentemente que se pensarmos apenas em termos de qualidade de vida para os seres vivos, quanto maior for a capacidade do seu ambiente melhor será o habitat criado.

Idealmente teríamos sempre que pensar em aquários fisicamente impraticáveis ou em lagos de jardim, por isso a disponibilidade de espaço para instalar um aquário torna-se um dos factores mais importantes.

Felizmente a maioria das espécies abordadas neste sítio são comparativamente pequenas.

Existem inúmeras maneiras de montar um local apropriado para a manutenção saudável dos seres vivos aquáticos e ao mesmo tempo criar-se um recanto decorativo numa casa moderna. Não há, neste campo, limites à fantasia nem à criatividade desde que não se comprometam nomeadamente as nossas 10 propostas de aquariofilia sustentável. Mesmo no caso de apostar nas maiores extravagâncias em arquitectura de aquários, nunca se pode perder de vista as exigências dos seres vivos que aí vão habitar.

O formato usual é o rectangular, nomeadamente quando estamos a falar do aquário todo construído em vidro.

Desde que se deu uma explosão no passatempo de manter peixes em casa e os aquários de vidro começaram a ser fabricados em larga escala, toda a oferta era usualmente na forma rectangular.

Actualmente, até por exigências do mercado ( e devido à evolução da tecnologia ), existem os mais variados formatos, desde o triangular até ao octogonal, passando pelo hexagonal e por uma variedade de formas mais ou menos originais.

A frente panorâmica foi outro passo na evolução desta indústria, e os aquários de vidro ou acrílico com a frente curva tornaram-se uma moda.

Tudo vai depender do local onde será feita a instalação e dos conceitos estéticos de cada um.

Nos locais onde um aquário seja visto por muita gente ou até simplesmente pelas nossas visitas, não se deve negligenciar o seu aspecto decorativo.

Existem hoje em dia umas quantas formas típicas nas propostas disponíveis nas lojas da especialidade, a saber :

a) Aquários exclusivamente construídos em vidro – não possuem nenhuma moldura ou estrutura.

Os vidros são directamente colados uns aos outros com uma cola de silicone apropriada para as enormes pressões da água e são adequadas à conservação dos seres vivos pois não contêm componentes tóxicos.
Este tipo de oferta é a mais comum e presta-se a uma maior variedade de opções estéticas, dependendo do acabamento final que cada um lhe der no local de instalação.

É o modelo mais fácil de construir mas necessita de alguns cuidados básicos, nomeadamente na escolha do tipo de silicone, o qual não deve ser tóxico.

Este é o modelo básico em muitas outras das formas que se seguem.

b) Aquários parcialmente emoldurados – trata-se do modelo anterior equipado com uma moldura no topo e outra no fundo.

Além do aspecto decorativo, estas molduras em plástico ou em metal podem permitir reduzir a espessura do vidro e, consequentemente, o peso final do conjunto.

Para funcionarem como reforço, tanto a moldura superior como a inferior devem ser de metal e estarem devidamente coladas e não simplesmente encaixadas.

c) Aquários com moldura completa – actualmente são apenas uma concepção decorativa do modelo básico inserido numa estrutura, mas há relativamente pouco tempo atrás, antes do aparecimento das colas de silicone, este era o modelo tradicional.

Durante mais de dois séculos, os aquários em vidro tinham que ser emoldurados para suportarem a pressão provocada pela água no seu interior.

Actualmente a estrutura pode ser em plástico ou em madeira e servir apenas propósitos ornamentais.

Pela forma de construção deste formato, os vidros utilizados podem ser bastante menos espessos do que nos modelos anteriores, mas dado o tamanho das estruturas, quando as mesmas forem concebidas em metal isso não se vai repercutir muito na melhoria do peso total do conjunto.

A maioria das peças mais antigas eram extremamente densas pois a própria moldura era na realidade um móvel completo onde se incorporava o vidro na secção superior ( o aquário propriamente dito ) a fim de se criarem as “ janelas ” que permitiam visualizar os seres vivos abaixo da superfície da água.


As medidas estandardizadas dos aquários comerciais são 40, 60, 80, 100, 120 e 150 cm de comprimento, porém qualquer outra dimensão é aceitável, nomeadamente na construção artesanal, particularmente se for necessário adequarem-se a medidas especificamente a um local de instalação.

As ofertas actuais no comércio incluem o aquário vazio ou completamente equipado para uma montagem tropical básica. Por vezes é mais vantajoso adquirir os equipamentos à parte pois essa opção permite-nos adequar as nossas necessidades particulares e optar por esta ou aquela marca em função da sua melhor qualidade ou preço.

Para além do vidro, uma variedade de novos materiais transparentes vieram prover o mercado com alternativas mais baratas, resistentes e muito mais leves em relação aos modelos de vidro.

As vantagens das alternativas em acrílico transparente ou noutros materiais da família dos plásticos é a sua resistência a pequenos acidentes que podem quebrar o vidro. O peso é outra grande vantagem, pois sendo materiais mais leves permitem uma melhor manipulação e transporte.

A maior desvantagem destas alternativas ao vidro, é a facilidade com que se riscam, diminuindo a respectiva transparência e causando perturbadoras barreiras à boa e confortável visualização dos conteúdos. É contudo possível polir os riscos mais superficiais e recuperar uma boa parte da transparência.

Outras desvantagens dos primeiros modelos era a sua fraca resistência aos raios ultravioleta, os que os tornava inapropriados para o uso em locais onde a luz do dia fosse abundante e o preço mais elevado do que o vidro.

As desvantagens anteriormente apontadas estão progressivamente a ser corrigidas pela indústria, pelo que ofertas mais leves e económicas alternativas ao vidro estão gradualmente a ganhar importância nesta área.

Em aplicações específicas que exijam maiores capacidades de água, os aquariofilistas usam pequenos lagos improvisados com piscinas para bebes, lagos de jardim e uma enorme variedade de soluções que não param de nos surpreender pela criatividade e eficácia. O único limite a esta opção está na imaginação de cada um e nas opções ao seu alcance.


Conselhos importantes :

1) Independentemente do formato, a regra de ouro para qualquer aquário é a sua área de superfície.

Um aquário de cerca de 80 litros com as medidas de 80 cm de comprimento por 30 cm de altura por 35 cm de largura tem capacidade para receber muitos mais peixes do que outro de 80 litros mas com as medidas de 40 cm de comprimento por 40 cm de largura e 52,5 cm de altura.

Ambos possuem a mesma capacidade de água mas o primeiro apresenta 32 cm2 de superfície enquanto que o segundo apenas se fica pelos 16 cm2 de superfície já que é muito mais profundo.

2) A profundidade deve condicionar a espessura da base e das paredes de vidro laterais.

Quando nos reportamos a aquários até 80 cm de comprimento e alturas até 30 cm a espessura do vidro não deve ser inferior a 6 mm, enquanto que se nos referirmos a alturas entre os 30 e os 35 cm para esse mesmo comprimento, a espessura do vidro nunca deve ser inferior a 7 mm.

O comprimento também é um factor a considerar, embora menos crítico.

Voltando ao exemplo inicial do aquário com 80 cm de comprimento por 30 cm, como já vimos anteriormente o vidro deverá ter uma espessura de 6 mm ou superior, mas se para a mesma profundidade tivermos um comprimento de 150 cm, o vidro deverá então possuir 7 mm ou mais de espessura.

Estes exemplos dão apenas uma ideia aproximada. Para uma ideia mais precisa, aconselhamos a consulta da tabela de cálculo das espessuras do vidro para aquário.

Obviamente que aquários reforçados com moldura de metal fazem diminuir a necessidade de resistência do vidro e, em resultado disso uma diminuição da sua espessura.

3) Nos aquários fabricados apenas em vidro fixado com juntas de silicone é necessário prestar muita atenção à segurança e logo à resistência do conjunto.

As juntas em silicone não devem apresentar pontos de debilidade evidente ou irregularidades.

A aplicação da cola de silicone em vidro que não esteja perfeitamente limpo e desengordurado resulta quase sempre em fugas.
Antes da primeira montagem, todos os aquários novos devem ser testados no seu local definitivo ou em bancada de testes apropriada.

Convém enche-los até ao seu limite máximo e esperar pelo menos 72 horas durante as quais serão feitas frequentes exames à procura de vestígios de água derramada no seu exterior e base.

4) Particularmente os aquários em vidro sem molduras devem ter as arestas do vidro devidamente limadas.

As esquinas vivas e o vidro não tratado nos extremos corta como lâminas.

Se não temos intenção de sangrar em virtude de pequenos cortes acidentais durante a manutenção e transporte dos nossos aquários convém ter esta norma em atenção.

5) Todos os aquários devem estar providos de uma cobertura transparente e uma caixa de iluminação com reflectores de luz.

Para além dos peixes de muitas das espécies de Cyprinodontiformes vivíparos e ovovivíparos serem comprovadamente óptimos “ saltadores “ e involuntários suicidas, a condensação e as poeiras transportadas pelo ar compensam essa precaução adicional.

Todas a coberturas devem possuir espaços adequados para as tubagens e cabos dos equipamentos que são utilizados na aquariofilia.

Imagens captadas e publicadas por cortesia da loja Aquaplante, Lda a quem muito fico grato.

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